Ganho de Massa Muscular – O que você deve saber!

Muitas pessoas atualmente estão interessadas em ganhar massa muscular. Esse objetivo, ou eu poderia chamar de desejo, ‘habita’ o pensamento de pessoas de várias idades, mas prepondera entre os adolescentes e os adultos com idade média de até 35, 38 anos, com tendência a ampliação, visto que o ‘culto’ à forma física tem crescido muito na última década.

Ao longo dos meus 15 anos de trabalho como Nutricionista, conheci e descartei muitas propostas de dieta e produtos (principalmente) que ‘prometiam’ resultados ‘impressionantes’ a curtíssimo prazo, alguns a médio prazo, e dentre tudo o que pude perceber dois ‘aspectos’ me chamaram muito a atenção!

(1º) a falta de conhecimento do público que busca por este tipo de proposta, não só do conhecimento relacionado ao que está lhe sendo ‘oferecido’ como dieta ou produto proteico e,

(2º) a falta de conhecimento mínimo da estrutura muscular, principalmente no que diz respeito à renovação do tecido muscular.

Nas oportunidades que tive de orientar alguns indivíduos praticantes de esporte ou atividade física regular e alguns atletas que tinham como proposta o ganho de massa muscular algumas ‘questões’ me chamaram a atenção, mas a que mais se destacou foi a perda de massa muscular!

Essa informação lhe causa espanto? Se a resposta é positiva, você pode ter certeza de que você, assim como a quase totalidade das pessoas quando são informadas deste fato também se espantam. Alguns até perguntam: “Como assim, perda de massa muscular?”.

Vou aqui apresentar de forma resumida o que aprendi sobre este tema tão peculiar. Várias são as ‘situações’ que podem promover ou desencadear a perda de massa muscular entre elas patologias (agudas ou crônicas), sedentarismo, desnutrição ou subnutrição, alcoolismo.

Aqui vou chamar a atenção para uma situação muito específica: aquela em que se verifica perda de massa muscular em pessoas que supõem ter uma dieta adequada.

Sim, isto ocorre de forma incisiva também na população saudável, que pratica esportes com regularidade, mas que tem uma dieta mal estruturada e mal distribuída. Muitos ainda pensam que fazer dieta é só pensar em controlar o valor calórico diário ingerido. Este raciocínio é primário, insuficiente e não corresponde a ‘realidade dos fatos’.

Portanto, vamos à conclusão; se um indivíduo tem perda de massa muscular diariamente ou regularmente, o que o organismo vai primeiramente buscar recompor é a massa muscular perdida e, enquanto isto não estiver resolvido e ‘equilibrado’, fica muito difícil para ele (organismo) conseguir efetivar a ‘ampliação’ do volume da célula muscular e/ou do número de células musculares se ele está obrigatoriamente se ocupando de manter o ‘status’ fisiológico, morfológico e bioquímico num primeiro momento, visto que a primeira condição de resposta orgânica é garantir a boa funcionalidade orgânica e a saúde.

Só depois de realmente efetivar esta etapa e mantê-la ‘regularmente’ é que se ‘cria ou se estabelece uma possível condição orgânica de hipertrofia (aumento do volume celular) e hiperplasia (aumento do número de células) do tecido muscular.

Eu disse da possibilidade de se obter a hipertrofia e/ou hiperplasia da célula muscular porque esta já é uma condição da expressão genética, na maioria das vezes, além do habitual para aquele indivíduo e aí, varia de indivíduo para indivíduo.

Minha proposta ao trazer este tema em texto é basicamente promover nas pessoas um estímulo para que elas pensem a respeito deste tema. Que estejam atentas ao que lhes tem sido ‘oferecido’ como recurso para ganho de massa muscular e tenham condições de avaliar estas ‘ofertas’ e propostas com um pouco mais de senso crítico, visto que é a saúde deles que está em jogo, sem contar o investimento financeiro feito para se obter tal resultado!

Esteja atento e caso pretenda o ganho de massa muscular, busque a orientação de um bom Nutricionista e, na parte física, procure um Educador Físico formado e consciente! Essa associação pode favorecer a obtenção de bons resultados.

Revisão do texto criado em 5 de abril de 2011, por Dra. Mônica de Castro Barbosa.

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