Uma nova visão da vida, do corpo e do adoecer

Leitura Corporal

Uma nova visão da vida, do corpo e do adoecer


Por Mônica de Castro Barbosa em 14 de maio de 2010.

“A Busca do Equilíbrio entre o Ser e o Expressar”

Na visão da Leitura Corporal, o corpo – veículo da expressão – vive, registra, reflete, e revela os experimentos e os aprendizados do Ser, em sua grande viagem no mundo físico.

Quando surgem desvios em nossa trajetória impedindo a movimentação livre, a manifestação genuína ou o exercício da escolha, quando forçamos o ritmo ou abandonamos nossos reais objetivos – aqueles únicos, que trariam realização e prazer ao Interno – o corpo emite sinais, gera sensações ou produz sintomas que ativam a capacidade da autopercepção, permitindo a identificação do que incomoda e a revisão do percurso.

Com suas manifestações, o corpo nos convida a rever o momento ou toda a história, a perceber onde e quando nos desviamos da rota principal, o por quê de darmos voltas ao invés de nos dirigirmos ao nosso ponto de destino.  Fazendo a leitura do nosso corpo, podemos entender que os sinais, chamados de incômodos ou de doenças, não representam um momento de fraqueza ou punição, mas a oportunidade de identificação do que precisa ser reavaliado e trabalhado nos planos da emoção e do comportamento, para que possamos retomar ao estado de coerência entre o que desejamos e buscamos, entre o que queremos e fazemos, entre o que sentimos e expressamos.

À luz da Leitura Corporal, o corpo físico manifesta adoecimentos quando o indivíduo já está em processo de busca da cura, de revisão do percurso, de localização e reorganização daquilo que não está adequado, daquilo que falta ou que não mais satisfaz às necessidade internas.

A Leitura interpreta as formas no corpo e suas associações, suas manifestações e as doenças. De forma especial, observa a associação das sensações e dos sintomas com os processos emocionais, com as dificuldades e os conflitos vividos antes e durante o adoecer.

…..Aceita as manifestações do corpo físico como mecanismos de busca de cura do Interno, da Alma, do Ser em seu aprendizado e evolução. Não partilha da visão, hoje generalizada, de que a dor, a doença e o sofrimento nascem, principalmente, da ação de mecanismos externos, nos transformando em vítimas passivas e sem recursos próprios e eficientes no desenvolvimento dos processos de cura.

Fonte: VILELA, N. F. A Busca do equilíbrio entre o Ser e o Expressar. Seja! Leitura Corporal em Revista. Ano 1, n. 1, p. 4-5, fev. 2000.