Alimentos que nos ajudam a lidar com o sentimento de insatisfação

Ananás: uma variedade que difere do abacaxi, o ananás é menos adocicado que o abacaxi e possui uma substância chamada triptofano que tem efeitos positivos sobre o humor. A combinação desta substância com outros compostos químicos presentes no Ananás, ajuda a dissipar a melancolia e a tristeza decorrentes do sentimento de Insatisfação.

Batata Inglesa (e seus vários cultivares), Batata Baroa e Batata Doce: ajudam a organizar o Interno e a reconhecer o sentimento de Insatisfação.

* Pera (especialmente a Pera Portuguesa). Cabe aqui uma ressalva, visto que, em alguns momentos, a Pera poderá servir de estímulo para que acessemos o Amor por nós Mesmos).

Para entender melhor como um alimento é capaz de servir de estímulo na lida com o sentimento de Insatisfação, pode ser necessário compreender o que “gera” ou desencadeia tal sentimento.

O sentimento de Insatisfação pode ser “desencadeado” por:

– falta de percepção de si;

– falta de hábito do contato consigo e com suas vontades e desejos;

– ausência de experimentação daquilo que preenche e satisfaz;

– dificuldade de contato com a pulsão do desejo do interno.

Vivemos, a cada dia que passa, mais estresse e situações que nos distanciam e afastam da percepção de si e das necessidades e desejos internos.

No ritmo frenético da vida atual, na maioria das vezes não percebemos, ou não consideramos o que sentimos, o que queremos, o que genuinamente precisamos ou desejamos.

Percebemos, com frequência, o sentimento de Insatisfação, ou seja, a ausência da experimentação da satisfação dos desejos, vontades e necessidades que pulsam no nosso interno. Com raras exceções, esse sentimento, assim como tantos outros, são identificados pelo indivíduo como ansiedade, frustração, principalmente quando o indivíduo pouco pratica a percepção de si,  pouco se reconhece como ser que sente e, mais raramente ainda, faz “contato consciente” com os sentimentos que geram desconforto.

Para mim, o sentimento de Insatisfação nos convida a localizar aquilo que no momento não atende à expectativa ou desejo do que, em verdade, satisfaz. Daquilo que, em verdade, preenche. Cabe aqui ressaltar que este sentimento  realça ou pede pela percepção daquilo que satisfará o Interno.

Então, ao fazer contato ou experimentar tal sentimento, estamos sendo estimulados a perceber e identificar aquilo que no momento nos satisfará verdadeiramente e, não só o que a nossa personalidade deseja.

É a pulsão do nosso Interno, que nos ajuda, ou nos conduz na busca de situações/contextos e experimentações capazes de gerar em nós o sentimento e a sensação de satisfação, de plenitude na experimentação ou no contato com o vivenciado.

Para a maioria das pessoas a ausência de reconhecimento de como é se sentir satisfeito (internamente) é tão frequente que,  até mesmo, em relação à alimentação, elas já “perderam” o referencial da quantidade de alimento que satisfaz (ou é necessária) naquele momento do dia/da vida e, consomem um volume muito além do fisiologicamente necessário e suportável  ao organismo. Este, nesta situação, passa a ter uma demanda aumentada em termos de processos digestórios, exigindo principalmente do estômago  e duodeno, uma resposta fisiológica exacerbada e difícil.

O convite é: perceba-se, pratique a observação de si e do que são seus desejos, vontades e sentires.

Para nos ajudar a lidar com esse sentimento de insatisfação já instalado e/ou, muitas vezes recorrente, já que é um sentimento de base, a natureza, em toda sua sapiência e exuberância, nos fornece alguns alimentos aos quais inconscientemente recorremos e usamos como recurso para aliviar o nosso desconforto.

Interessante é percebermos situações em que as pessoas usam estes alimentos  e, analisarmos o que elas estão sentindo naquele momento da vida.

Você ainda não identificou nenhuma situação assim? Então vou lhe dar uma dica : “qual é a idade etária ou fase da vida em que mais identificamos nos indivíduos a necessidade frequente (e muitas vezes intensa/exacerbada) de batatas fritas? Não seria a adolescência, com todos os “excessos” de estímulos e variações hormonais aos quais ficamos sujeitos neste período da vida, gerando um quadro frequente de Insatisfação!?

É simples e muito fácil perceber e identificar a insatisfação em uma pessoa, principalmente quando o consumo destes alimentos se apresenta por vários dias/semanas seguidos.

Cabe ressaltar que, em algumas situações do dia-a-dia, não temos como escolher o que vamos consumir numa refeição por circunstâncias como, por exemplo, quando fazemos uma refeição na casa de alguém e, encontramos exatamente aquele tipo de alimento.

Assim, não podemos correr o risco de sermos “taxativos” quando vemos alguém usando um alimento e afirmarmos que naquele momento, sem sombra de dúvida, ele experimenta aquele sentimento. Cabe bom senso na análise e interpretação.

Mas, podemos usar estar informações a respeito dos alimentos para ajudar o indivíduo a perceber como se sente e, usar o alimento como estímulo para “acalmar” aquele sentir até  que o indivíduo se disponibilize a reconhecer, fazer contato e lidar com o que não satisfaz e buscar identificar o que preenche. Quando este estiver Satisfeito/Preenchido, automaticamente ele suspenderá o uso (contínuo) de tal alimento, que é estímulo.

A forma de preparo do alimento pode variar. Por exemplo, podemos consumir uma Pera fresca, usá-la cozida ou na forma de purê. O que importa é o estímulo de base que ela promove que é, como dito anteriormente, a lida com o sentimento de Insatisfação.

Lembrar que, em primeiro lugar, buscamos oferecer alimento ao corpo para satisfação das necessidades orgânicas, mas, também buscamos inconscientemente o alimento que ajude no aspecto emocional/comportamental.

Podemos analisar como um indivíduo se sente através da avaliação dos alimentos que usa atualmente, caso seja ele, o indivíduo, quem escolhe e define os alimentos que vai consumir e, ajudá-lo, muitas vezes através da estruturação da alimentação (distribuição das refeições), principalmente observando se há algum momento do dia no qual ele se sente mais “afetado” pelo sentimento em questão.

Assim como existem alimentos que auxiliam na lida com a Insatisfação, encontramos também alimentos que nos auxiliam a lidar com a Insegurança, com a Solidão, entre outros.

Se você, assim como eu, acha importante esse conhecimento, passe a observar a si e aos indivíduos próximos a você e procure perceber/identificar essa relação alimento→emoção/comportamento.

Em um momento futuro próximo outros alimentos com funções emocionais/comportamentais serão apresentados em outros textos para que você possa registrar essas informações, se assim desejar.

Por Mônica de Castro Barbosa

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